O espelho, nós , e a imagem
Quando olhas no espelho quem vês? Vês a tua imagem? Vês-te a ti próprio? Reconheces-te? Angustias-te? Dás-te bem com ele? Foges?Quem és? O que queres?
Há dias que me estranho, outros me entranho...há dias claros, como o sol e o mar, há outros mais escuros, não são como a noite cúmplices, são simplesmente desconfortáveis! São esses, quando olho no espelho e me pergunto quem és? o que queres? Para onde vais? Afinal quem me comanda? Quem vai sentado no lugar do condutor da minha vida? Serei eu...muitas vezes acho que sim! Outras, menos!!!
Tantos paradoxos!
Como é que nos conseguimos imprimir naquilo que fazemos? Sinto falta de uma rebeldia que existia de que me lembro...daquela que não obedece a leis, a códigos, a morais, a lógicas, ao politicamente correcto....desejo, instinto, vontade directa de dentro de mim! Sem filtros, sem rede! É esta vontade, este eu que procuro...e que vou encontrar...acho!
posted by azul @ 1:54 am
6 Comments:
essa vontade sem filtros está constantemente condicionada por aquilo que achamos que os outros acham que querem para nós?
e não será para nós, uma alegre forma de fugir à responsabilidade dessa vontade, fingir que andamos à procura dela?!
nem mais! completamente de acordo!
usamos muitas formas para fugir à realidade. acho que todos somos mais ou menos condicionados pelo que esperam de nos! a libertação disso penso que é um processo! não é óbvio, pq nós p´roprios nos colocámos armadilhas. não sei se fui muito claro mas é isto que penso!
em última análise, nós somos os únicos condicionadores da nossa própria vida!
"The only people for me are the mad one, the ones who are mad to live, mad to talk, mad to be saved,
desirous of everything at the same time, the ones who never yawn or say an uncommon-place thing,
but burn, burn, burn like fabulous yellow roman candles..."
Jack Kerouak
A citação é excelente!
Só para terminar, é evidente que somos nós que comandámos as nossas vidas, no entanto, o grau com que nos preocupamos com os outros era o que estava em discussão! Há sempre uma relação com o que nos envolve, os amigos, a família, os locais, o trabalho, as expectativas, etc, etc. Daí a sensação de liberdade quando saímos do nosso local de origem! Aí temos de refazer tudo, normalmente conseguimos fazer melhor, prova de que aprendemos algo. No entanto, e como dizia o Positivo, é no dia a dia, e onde nos sentimos mais próximos que está o desafio! Penso não estar a ser presunçoso ao achar que todos enfrentámos estas coisas, é óbvio que em maior ou menor grau! Se vivemos completamente aleados do que nos rodeia, então aí é outro problema que fica para outras núpcias.
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